A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, em uma votação relâmpago no dia 4 de fevereiro, a criação de 170 novos cargos comissionados, com um impacto anual estimado em R$ 15 milhões. A decisão foi tomada em menos de 20 minutos e ocorreu sem ampla divulgação, levantando preocupações sobre a transparência do processo.
Os novos cargos apresentam salários que variam de R$ 2,4 mil a R$ 14 mil e serão destinados a indicações políticas dos deputados estaduais. Recentemente, como exposto pelo Goiás 246, a Alego também havia publicado um edital para a compra de SUVs, valendo cada uma cerca de R$ 400 mil para os parlamentares, além de aprovar um auxílio de R$ 11,5 mil para cada deputado. A inclusão das novas vagas foi realizada por meio de uma emenda do deputado Amauri Ribeiro (UB), apresentada em um projeto que originalmente tratava apenas de cargos efetivos. A emenda só foi disponibilizada no Portal da Transparência seis dias após a aprovação.
O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), justificou a criação dos novos cargos alegando que os deputados estavam sob pressão para acomodar ex-prefeitos e ex-auxiliares do interior. Ele garantiu que o aumento não ultrapassa o limite de gastos com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para evitar a presença de servidores “fantasmas”, a Alego implementará um sistema de ponto eletrônico com reconhecimento facial para os assessores parlamentares.
Desde a posse de Bruno Peixoto em 2023, o número de servidores comissionados na Alego cresceu significativamente, passando de 3.711 para 5.280, enquanto o número de servidores efetivos permaneceu em apenas 334. Além disso, a gestão de Peixoto ampliou a estrutura administrativa da Casa, criando 32 novas secretarias, totalizando 48, e 23 diretorias, além de seis diretorias adjuntas.
Fonte: Goiás 246
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