Servidor municipal de Aragarças afirma que o vereador Júnior do Saião não o ameaçou e pede a extinção de qualquer investigação sobre o caso. Delegado Fábio Marques determinou o arquivamento da denúncia.

Na última terça-feira, 4 de novembro de 2025, o servidor público Valdirino Reis da Silva David, monitor da Casa Lar de Aragarças (GO), prestou depoimento à Polícia Civil, conduzido pelo delegado Fábio Marques Barbosa, no qual negou de forma categórica ter sido ameaçado pelo vereador Júnior do Saião.

Valdirino, que é casado com a diretora da Casa Lar, Rosirene de Sousa Adorno, relatou que conhece o vereador e mantém amizade com ele. No dia dos fatos, o parlamentar foi à Escola Dom Bosco e, em seguida, passou pela Casa Lar. Segundo o depoente, o vereador chegou sorrindo, aproximou-se de forma cordial e ambos apenas conversaram brevemente, sem qualquer tipo de discussão, ameaça ou perturbação no local.

O monitor destacou ainda que o vereador o cumprimentou e elogiou o trabalho realizado com as crianças abrigadas, não havendo qualquer ato de intimidação. “Não houve qualquer ameaça proferida pelo vereador”, afirmou no termo de declarações.

Valdirino também disse desconhecer de onde surgiu a denúncia e revelou que foi orientado pelo advogado Jhonny Itacarambi a assinar uma representação criminal na Polícia Civil e na Câmara Municipal, mas que assinou os documentos sem ler. O servidor reforçou que, após entender o conteúdo, decidiu se retratar oficialmente.

No complemento do depoimento, Valdirino declarou que ficou envergonhado com toda a situação, destacando ser evangélico e pai de três filhos, e que jamais desejaria prejudicar alguém, especialmente o vereador acusado. Ele afirmou não ter interesse em dar prosseguimento à denúncia e reiterou que “a ameaça não existiu”.

Diante da retratação formal e da ausência de elementos que configurassem crime, o delegado Fábio Marques Barbosa determinou o arquivamento da denúncia contra o vereador Júnior do Saião, encerrando oficialmente o caso.