A Operação Caliandra foi deflagrada na manhã de hoje (10) e visa apurar irregularidades na aplicação de recursos públicos federais repassados ao município de Barra do Garças (a 516 km de Cuiabá. A ação empregou o efetivo de 111 policiais federais.
Ao todo, estão sendo cumpridos 38 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão, em Barra do Garças, Pontal do Araguaia (MT), Cuiabá (MT), Aragarças (GO), Porangatu (GO) e Jussara (GO).
Conforme a investigação da PF, os procedimentos licitatórios teriam sido direcionados para beneficiar determinadas empresas, as quais não teriam condições técnicas de executar o contrato, sendo contempladas, inclusive, empresas não ligadas à área de construção de obras, além de utilização de empresas de fachada para forjar competividade.
Além disso, foram verificadas transações financeiras suspeitas envolvendo conta pessoal de servidor público municipal com empresas e seus representantes legais, que possuíam contratos com a prefeitura. O montante movimentado pelo servidor era incompatível com a sua remuneração, fato que chamou a atenção dos investigadores.
Resposta
De acordo com o prefeito Adilson, a licitação para a revitalização da orla e da praça ocorreram em 2020, após a celebração de dois convênios entre a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura de Barra do Garças no valor de R$ 9 milhões em recursos da União.“Em 2020 ocorreu a licitação e assumimos a gestão em 2021, nós verificamos que as duas empresas que estavam tocando a obra, aparentemente, não tinham condições financeiras nem estrutura para tocar uma obra de tamanho e vergadura. De pronto, já entramos em contato com a Caixa Econômica Federal, fizemos diversas reuniões e chegou no ponto que, no ano de 2022, nós entendemos pela rescisão do contrato diante de supostas irregularidades que agora estão sendo apurados pela Polícia Federal. Não compactuo com este tipo de procedimento e entendi por bem fazer a rescisão desses dois contratos”, explicou o prefeito.
A situação atual é que os dois convênios estão no status de obra paralisada e a Prefeitura vem buscando solução junto à Caixa Econômica Federal com objetivo de sanar todas as irregularidades que vão desde o projeto, renovação de licenças e há indícios de que viriam irregularidades desde a expedição de licença ambiental.
“Quando assumi a gestão, tomei medidas para que a rescisão do contrato ocorresse e quero dizer que me coloquei à disposição da Polícia Federal para fornecimento de documentos, friso que não existe nenhuma regularidade durante a minha gestão”, afirmou o prefeito Dr. Adilson.
Fonte: Semana 7