Por: Ricardo Rogers | Barra do Garças-MT
09/03/2024
Gaza – Um menino palestino de dez anos morreu na última segunda-feira de desnutrição grave e cuidados de saúde insuficientes, em meio ao cenário de falta de remédios e de comida em Gaza.
Uma foto mostra Yazan al-Kafarneh, que tinha uma doença pré-existente, deitado em uma cama de hospital na clínica Al-Awda em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Cenas como essa me trás as seguintes percepções.
“Quando testemunhamos a injustiça se desenrolar diante de nossos olhos e optamos por permanecer inertes, estamos inadvertidamente plantando as sementes de nosso próprio destino.
Pois, em um mundo onde a injustiça é tolerada, nenhum de nós está imune à sua mordida venenosa.
Cada ato de silêncio diante da injustiça é um voto de confiança na perpetuação da desigualdade e da opressão. Somente quando nos levantamos em defesa da justiça, mesmo quando é inconveniente ou arriscado, é que verdadeiramente nos protegemos da mesma injustiça que nos rodeia.
A passividade apenas alimenta o ciclo de desigualdade e sofrimento, enquanto a ação nos permite moldar um mundo mais justo e compassivo.
A pandemia mostrou que estamos interligados.
Nosso silêncio é a admissão tácita de nosso próprio destino cruel.
A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, iniciada em outubro de 2023, completou cinco meses na quinta-feira e já deslocou a maior parte dos habitantes de Gaza, além de causar uma escassez aguda de alimentos, água e medicamentos.
Permanecer em silêncio diante dela é como negar a própria essência da humanidade. Devemos nos erguer como guardiões da equidade, pois cada silêncio alimenta as correntes da desigualdade e da opressão.
O mundo possuí uma alma, estamos todos interligados”.
Ricardo Rogers é jornalista, graduado em Gestão Pública e Gestão em Segurança Pública.